Intercâmbios e convênios

Políticas de Inserção Social e de Internacionalização

O Programa, desde sua criação em 2009, desenvolve ações em que se pode verificar a dimensão de sua inserção social local, regional e nacional, assim como seus movimentos de internacionalização. Nos primeiros anos de funcionamento do Programa, mais que iniciativas individuais de docentes, já havia significativa organicidade das ações de inserção social e de internacionalização. Ao passar dos anos, com a consolidação do Curso de Mestrado e a perspectiva de criação do Curso de Doutorado, aprovado e em funcionamento desde o ano de 2019, houve uma melhor organização das ações de inserção social e de internacionalização do Programa.

Inserção social

Nossa posição geográfica estratégica, numa região populosa e marcada por contradições e desigualdades de toda ordem, vocaciona o Programa a promover a formação de pesquisadores qualificados, a pesquisa e a reflexão sistemáticas sobre questões relativas às interfaces entre processos formativos e desigualdades sociais no campo da Educação. Compreendemos que a inserção social, política e acadêmica do Programa, com a ampliação de recursos humanos em educação para a universidade e instituições de pesquisa, potencializa as relações entre processos formativos e desigualdades sociais. Entendemos, também, que esses movimentos indicam desafios complexos e múltiplos que se expressam na formação teórico-investigativa de graduados na área de educação e afins que buscam fortalecer política e epistemologicamente sua atuação com vistas a produzir impactos na Educação Básica e na gestão em diferentes espaços educativos, produzindo e socializando conhecimentos não apenas no Brasil, mas, também, no exterior, em conformidade com o histórico-institucional do Programa e sua vocação para a internacionalização.

Destacamos que o Programa tem se consolidado, com inserções de seus egressos em vários campos de atividade nos quais expressam o escopo do seu projeto político-pedagógico, tendo em vista seus objetivos, concentrados nos processos formativos em face aos enfrentamentos das desigualdades sociais. Esses dados são balizados pela atuação dos mestrandos e doutorandos na docência em escolas de rede pública tanto na educação básica como nas diferentes modalidades de ensino, em universidades públicas e/ou privadas, no exercício de gestão escolar, em sindicatos de classe, em movimentos sociais docentes, na gestão de sistemas escolares e de escolas públicas e ainda na participação em equipe interdisciplinar de gestão e entidades sociais não governamentais imbricadas com a educação escolar. A expectativa da formação esperada tem como horizonte a possibilidade de assumir organicamente o sentido da prática educativa como pesquisadores e educadores, principalmente no ensino superior e na gestão de políticas públicas, mas também na educação básica, nos movimentos sociais, culturais ou em demais espaços onde estejam inseridos como educadores de municípios da região e daqueles que lhe são próximos.

Priorização de temáticas locais e regionais nos trabalhos de conclusão do Programa

Na análise das 89 dissertações de mestrado defendidas durante os 4 anos do quadriênio (2017-2020) há uma notável priorização as temáticas locais e regionais. Quanto à localidade das pesquisas, com trabalho de campo, foram abrangidos os seguintes municípios do estado do Rio de Janeiro: São Gonçalo (14), Niterói (11), Rio de Janeiro (9), Itaboraí (3), Maricá (2), Valença (1), Nova Friburgo (1), Macaé (1), Duque de Caxias (1). Também encontramos pesquisas que tematizam as seguintes localidades: Manaus, AM (1) e Bela Vista, Diamantino e Cuiabá, MT (1). Quanto as temáticas, temos as seguintes: Formação de Professores, foi o campo mais pesquisado, contando com 11 investigações; Política Pública (7); Narrativas (5); Educação Infantil (5); EJA (4); Educação Inclusiva (4); Arte na Educação (3); Currículo (3); Cotidiano Escolar (3); Práticas Educativas (3); Identidade de Gênero (3); Educação Superior (2); Reforma do Ensino Médio (2); Educação Básica (2); Educação Infantil (2), Alfabetização (2); Educação Popular (2); Religião e Educação (2). Já os temas Educação Ambiental, Psicologia Social/Infâncias, Trabalho Infantil, Educação Matemática, História da Educação e Avaliação Educacional tiveram 1 ocorrência cada uma.

Ações afirmativas na seleção de alunos

A UERJ foi a primeira instituição superior pública do país a implementar políticas de cotas, com a aprovação da Lei nº 3.524/2000, e que reservou 50% das vagas para estudantes egressos de escolas públicas. No ano seguinte, a Lei nº 3.708/2001 incluiu, na reserva de vagas, candidatos autodeclarados negros e pardos.

Atualmente, a legislação está balizada pela Lei nº 8.121, de 27 de setembro de 2018, que prorroga a reserva, por mais 10 anos, para as universidades públicas estaduais, com a inclusão de quilombolas e estabelece os percentuais em 20% das vagas reservadas a negros, indígenas e alunos oriundos de comunidades quilombolas, 20% das vagas reservadas a alunos oriundos de ensino médio da rede pública, seja municipal, estadual ou federal e 5% das vagas reservadas a estudantes com deficiência, e filhos de policiais civis e militares, bombeiros militares e inspetores de segurança e administração penitenciária, mortos ou incapacitados em razão de serviço.

Internacionalização

O programa trabalha para ganhar visibilidade nacional e internacional, essencial para atrair alunos e docentes/pesquisadores de diferentes regiões do país e de outras nações estrangeiras, em especial, da América Latina, bem como para enviar docentes e alunos a instituições e a centros de pesquisa do exterior para aprimoramento e desenvolvimento das oportunidades que aumentem o impacto das pesquisas. Com esse fim, estabelece intercâmbios, convênios e parcerias com instituições estrangeiras e nacionais para a realização de pesquisas e intercâmbios de docentes e pesquisadores entre essas instituições. Busca-se a maior integração entre as demais instituições e estímulo ao desenvolvimento da pesquisa científica por meio da preparação adequada de pesquisadores e fomento à integração com a comunidade científica nacional e internacional.

Os docentes e estudantes mantém interlocução com a bibliografia e com a produção científica internacional. As experiências de circulação de pesquisadores através de publicações, doutorados sanduíches, estágios pós-doutorais no exterior, participação em eventos científicos em outros países têm também a função de contribuir para a construção dessa cultura de interlocução. Mantemos esforços para ampliar os meios que financiem e incentivem docentes e discentes a participarem dessas experiências de circulação, em especial, o número de bolsas e de verbas de fomento.

O Programa desenvolve ações estratégicas e coordenadas para publicação das pesquisas dos docentes e discentes em periódicos e livros em outras línguas (espanhol, inglês, francês) e a disponibilização de materiais por meio eletrônico, excelente maneira de divulgação e comunicação.

Desejamos que os docentes e estudantes participem cada vez mais de associações de pesquisas nacionais e internacionais, e que promovam missões de estudos, intercâmbios de professores e de alunos brasileiros e estrangeiros.

Convênios e Intercâmbios

O Programa tem promovido robustas ações com vistas a consolidar convênios e intercâmbios nacionais e internacionais, tendo por finalidade promover a cooperação científica, tecnológica e cultural, nas áreas de suas especializações, bem como desenvolver trabalhos científicos e tecnológicos conjuntos em prol do desenvolvimento dos países e estados partícipes dos intercâmbios e convênios. Entendemos que o movimento de internacionalização do Programa é consequência do incremento das atividades dos grupos e dos projetos de pesquisa e sua expansão se dá de modo coerente com o processo crescente de internacionalização da UERJ. Atualmente, a Diretoria de Cooperação Internacional, que nos presta apoio está vinculada à Reitoria da UERJ. Esta Diretoria também está articulada com a Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (PR-2), é a responsável institucional pela política de internacionalização da UERJ. Dentro desse escopo, o Programa coordena três Acordos Internacionais – convênios – que se materializam na participação de pesquisadores estrangeiros em atividades vinculadas à UERJ (participação em projetos conjuntos, participação em bancas de doutorado e de mestrado, participação em publicações conjuntas, conferências, mesas, lives etc.), produtos que estão destacados em várias partes deste Relatório. Por outro lado, e para além dos acordos de cooperação internacionais firmados, o Programa tem parcerias e intercâmbios com diversas universidades e instituições estrangeiras.

Os acordos e parcerias dos quais o Programa participa formam uma proposta de internacionalização que se sustenta numa ampla produção:
1) Convênios internacionais firmados com instituições estrangeiras;
2) Intercâmbios e Co-orientação internacional;
3) Publicação com parceiros internacionais, em periódicos e livros, e particpação em corpos editoriais de periódicos internacionais;
4) Composição de redes internacionais e projetos internacionais de pesquisa.

Convênios internacionais firmados ou mantidos durante o último quadriênio

1) Convênio/Termo de Cooperação Internacioanal entre a Universidade Pedagógica de Maputo (UPM) e a UERJ, assinado em 2020.
2) Convênio /projeto de pesquisa entre UERJ e Université de Rouen (Francia): convênio firmado entre a UERJ e a Université de Rouen, através de ação de docentes do corpo permanente do Programa.
3) Convênios do projeto de pesquisa entre UERJ e Universidad Nacional de Entre Rios (Argentina) e Universidad Provincial de Córdoba/Argentina: assinatura do Acordo de Cooperação Internacional UERJ-UNER e UERJ-UPC com o Projeto “Políticas da Alteridade e Formação de Professores

Instituições com quem mantemos intercâmbios acadêmicos

Com realização de estudos de pós-doutoramento de 11 professores de nosso quadro.

UNIVERSITAT DE BARCELONA [ESPANHA];
UNIVERSIDADE DO PORTO [PORTUGAL];
INSTITUTO POLITÉCNICO DE LEIRIA [PORTUGAL];
INSTITUTE NACIONAL RECHERCHE PÈDAGOGIQUE [FRANÇA];
UNIVERSIDAD AUTÓNOMA DE MADRID [ESPANHA].
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BROWN UNIVERSITY, Departmento de História, USA;
INSTITUTO DE HISTÓRIA DA JULIUS MAXIMILIANS, UNIVERSITÄT WÜRZBURG, ALEMANHA;
INSTITUTO SUPERIOR DE FORMACIÓN DOCENTE PAULO FREIRE, CENTENÁRIO, NEUQUÉN, ARGENTINA;
UNIVERSIDAD PROVINCIAL DE CÓRDOBA, ARGENTINA;
ESCUELA ESPECIAL JERÓNIMO LUIS DE CABRERA, ARGENTINA;
FLACSO: FACULTAD LATINOAMERICANA DE CIENCIAS SOCIALES, ARGENTINA
UTP: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA DE PEREIRA, COLÔMBIA;
COPREDIEC: COLECTIVO PERUANO DE DOCENTES Y REDES QUE HACEN INVESTIGACIÓN E INNOVACIÓN DESDE SU ESCUELA Y COMUNIDAD;
UNIVERSIDAD NACIONAL DE BUENOS AIRES, ARGENTINA;
FACULTAD DE ARTES, UNIVERSIDAD DE LA REPUBLICA, URUGUAI;
UNIVERSIDAD ANDINA SIMÓN BOLÍVAR, sede QUITO, EQUADOR;
INSTITUTO PAULO FREIRE DE PORTUGAL E CENTRO DE INVESTIGAÇÃO E INTERVENÇÃO EDUCATIVAS DA FPCE, UNIVERSIDADE DO PORTO, PORTUGAL;
CÚMPLICES PEDAGÓGICOS DA COLÔMBIA E AMÉRICA LATINA [RED CREA], para a organização do I Diálogo Internacional de Ensiñanzas y aprendizajes: retos e desafios de los educadores en el tempo de pandemia, 2020;
UNIVERSIDADE DE LICUNGO, MOÇAMBIQUE. Coordenação realizada junto à Professora Brigida Singo, PHD Educational Sciences, TU Dresden, Alemanha, e vice-rector for Academic Affairs, Universidade de Licungo.

Composição de redes internacionais e projetos internacionais de pesquisa

Red Iberoamericana de Docentes que hacen investigación en la escuela. A Red Iberoamericana de redes y colectivos de maestras, maestros, educadoras, educadores que hacen investigación e Innovación para la emancipación;
Red Formad;
Red Interuniversitária Latinoamericana y del Caribe sobre Discapacidad y Derechos Humano;s
Red Desenredando nudos (REDENU);
Rede Internacional de Estudos Franciscanos no Brasil: Universidade Estadual do Paraná, Universidade Paranaense, Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas - CHAM (Centro de Humanidades); Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil, arquivo Franciscano do Recife;
Laboratório Educação e Imagem (UERJ): é uma rede de grupos de pesquisa formada por 10 grupos articulados (da UERJ) e 14 grupos de pesquisa associados de outras universidades nacionais (UFRRJ, UNICAMP, UFES, UFBa, UFG, UNISO, UFSC, UFF, UFPe, UNEMAT, UNESP) e do exterior (CIRNEF e Faculdad de Artes,Universidad de la Republica, Uruguai);
Red de Científicos Argentinos en Brasil, Programa RAICES (Red de Argentinos Investigadores y Científicos en el Exterior), dependente do Ministerio de Ciencia, Tecnologia e Innovación do Governo da República Argentina;
Rede Internacional, Universidade de Licungo (Moçambique), coordenação realizada junto à Professora Brigida Singo;
Rede da CLACSO. Desde o ano 2010, o PPGEdu-FFP/UERJ se articula com o Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais;
Projeto de Pesquisa "Os coletivos docentes e redes Currículares", em desenvolvimento sob orientação do doutorando egresso Allan de Carvalho Rodrigues: em fase de articulação com coletivos de professores da Argentina, Peru, Bolívia e México.
Parceria: Francisco Ramalho da Universidad Mar del Plata.

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